GT 5: Juventudes, experiências de sociabilidade e processos mediados de administração de conflitos

Coordenação: Haydée Caruso (UnB) | Laura Graziela Gomes (UFF) | Luciane Patrício Barbosa Martins (UFF) | Marcos Veríssimo (INCT-InEAC) | Nalayne Pinto (UFRRJ)

Este grupo de trabalho (GT) objetiva promover uma reflexão interdisciplinar sobre Juventudes, a partir de suas dinâmicas sociais, culturais, políticas e experiências de administração de conflitos que emergem de suas práticas digitais cotidianas. A proposta parte da concepção de que as mídias sociais não são apenas ferramentas de comunicação, mas ecossistemas sociotécnicos que atravessam a vida cotidiana, configurando arenas de disputas simbólicas, afetos e emoções, além de ambientes de construção, experimentação e afirmação de identidades. Neles, os atores ao produzirem e reproduzirem redes de pertencimento e formas de expressão, potencializam vínculos, tensionam modos de interação social e elaboram estratégias de convivência, negociação e enfrentamento das diferenças. Assim, a vida social e os conflitos não ocorrem apenas em instituições ou espaços públicos presenciais (offline), mas atravessam, se desdobram, se ressignificam e se constituem em ambientes online – como redes sociais, plataformas, fóruns e aplicativos de comunicação instantânea, entre outras mídias sociais. O GT busca incentivar debates e pesquisas sobre como práticas, representações, produções identitárias, afiliações, emoções e sociabilidades de diferentes atores sociais circulam nesses espaços, bem como os modos pelos quais desigualdades e disputas por legitimidade, autoridade e pertencimento são (re)construídas em ambientes híbridos. O GT será um espaço de diálogo entre pesquisadores de diferentes áreas – sociologia, comunicação, psicologia social, antropologia, segurança pública e educação –, possibilitando trocas metodológicas e analíticas que enriqueçam o entendimento do fenômeno. A iniciativa visa fortalecer diálogos interdisciplinares, promover intercâmbios profícuos entre pesquisadores do InEAC dedicados à investigação crítica dos efeitos das tecnologias digitais na vida social contemporânea. Além disso, pretende-se incentivar a aproximação entre as pesquisas acadêmicas e práticas sociais, especialmente aquelas que valorizam experiências de mediação comunitária, iniciativas educativas e intervenções culturais. Nesses termos, daremos destaque a trabalhos que contemplem:

  1. A emergência de comunidades digitais, suas dinâmicas endógenas e exógenas: modos de sociabilidade e subjetivação específicos das/nas plataformas digitais;
  2. Estratégias educativas e de administração de conflitos visando o contexto escolar e universitário a partir de suas especificidades;
  3. Juventudes e segurança digital: a importância do letramento digital para a prevenção e o monitoramento de discursos de ódio, fake news e violência simbólica;
  4. Juventudes e movimentos sociais nas redes: enfrentamento à desigualdade; enfrentamento ao racismo em todas as suas manifestações; enfrentamento ao machismo/misoginia e às demais formas de diversidade de gênero e sexual.
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